Ô saudade...

Saudade é aquela semente que vira uma dessas árvores enormes que a gente olha pra cima e não ver um fim. Dizem por aí que saudade é o que fica de quem não ficou, e é verdade, né?! A diferença é que tem aqueles que se vão por livre espontânea vontade, e tem aqueles que ficam não ficando, que fizeram de tudo pra ficar, mas o tudo não foi suficiente. Lembra dos últimos momentos com sua mãe? Com seu pai? Com sua avó ou avô? Ou com aquela amiga que a doença ou o acidente no trânsito não perdoou? É desses que eu to falando. Que saudade né?! Chega dá uma dorzinha lá no fundo do coração, ativando a vontade de chorar que é quase automática. Quando menos percebemos, aquela gotinha de lágrima já deslizou pupila á baixo. Ô saudade sofrida é essa que não depende de nós pra acabar... E aquela saudade de quem partiu sem olhar pra trás, porque quis mesmo, por livre e espontânea vontade. Aquela saudade do amor que a gente amou sozinho, dos momentos que nem aconteceram, mas que a gente inventou na cabeça na hora da insônia. Ou até mesmo daquela amizade que a gente foi amigo sozinho, que a gente só confiou, mas nunca foi confiado. Ou que a gente se enganou com aquela pessoa que a gente idealizou ser e no final não era. Até hoje eu me pergunto quem errou, eles por não terem sido nada do que eu, por própria conta e risco inventei ou eu por nunca ter me permitido ver realmente quem eram. Eu só sei que no meio de tanta saudade, a lágrima já deslizou pupila a baixo e cheguei à conclusão que se alguém se foi porque quis ou não, saudade a gente não questiona, se vive. Seja ela de quem for. Saudade é saudade. Oh Dan!